quinta-feira, 8 de abril de 2010

Sem acento

Em tanto tempo eu vi
Sem acento
ir
a palavra
a cantos de loucura sóbria
em palavra
em deixo torto o tempo
eu corto seco
eu limo eu temo
em palavras cálidas me escondo
sem acento
durmo
tormento de anil
e caio sem acento
no vaso podre da vida

vou me vender barato
batizado de mucama
de lavado
desregrado
sem alma
sem trauma
sem calma
atara a deusalouca
a meusaboca
a neosaldina
na minha roupa
o tempo passa
o camera vidro
a caça
vidro a maça
ataca
mas não mata
já sei
já lí




Entormento em cantiga

de sempre noite


de puro açoite


de corte e foi-se


e doa-se a quem


de tábua fresca

de carne dura

podre crua

boite de flor

suporese

embelleze

anestesésico brilhante da morna flor de açucena

o Kolene

o Neutrox

O Carinho

O Engov

O Neutrox

O Kolene

Embelleze

a Natura

O Botica

Rio

Continua lindo

O
Neutrox nos cabelos
selos de pus sêco
texto noite fio

calo bebo rio

acordo doce

beijo a morte

calo a boca

sobre o termo
subo sempre
caio doente

Enfermo

Calafrio
cai no fio
arrepio

no laço
no bacana da insensidão

maluca rua da loucura

efeméride acesa na calada

intempérie retina prisão

aducídea escarlina

escarro tina leite prado

seta estepe vagão

noite trilho crepúsculo

luar vagar

cerosa

edílio


pobreza sertão

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